A missão Artemis I, da Nasa, terá uma tripulação diferente da habitual. Para conhecer melhor os efeitos da radiação, a espaçonave Orion levará ao espaço três manequins: Helga, Zohar e Moonikin Campos, todos eles equipados com sensores e outros elementos de medição. A data para o envio do veículo, que irá acompanhado do megafoguete do Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), está marcada para os dias 29 de agosto, 2 de setembro e 5 de setembro.

Na ocasião, eles passarão mais de 40 dias no espaço, orbitando a Lua e, depois, retornando à Terra. A Artemis I precederá uma segunda missão, que seguirá a mesma rota, mas desta vez com astronautas. Na terceira, a primeira mulher e o próximo homem chegarão à Lua.

Manequins femininos para a jornada de Artemis I, Helga e Zohar são dois torsos “fantasmas” idênticos, que ocuparão os assentos inferiores do Orion. Parte do estudo científico, chamado Matroshka AstroRad Radiation Experiment (MARE), eles são projetados para medir a quantidade de radiação espacial à qual os astronautas podem ser submetidos.

Criados pelo Instituto DLR de Medicina Aeroespacial em Colônia, na Alemanha, os bonecos apresentam ossos e tecidos moles, com sensores em áreas como tórax, estômago, útero e medula óssea do manequim. Ao todo, eles têm mais de 10 mil sensores, que vão ajudar a explicar os efeitos da radiação nas mulheres que viajarem para a Lua.

Segundo Thomas Berger, chefe do grupo de trabalho de Biofísica do Departamento de Biologia da Radiação do Instituto DLR, a radiação à qual o corpo humano está exposto é maior fora do campo magnético protetor da Terra.

Helga e Zohar, os dois torsos "fantasmas" que irão para a missão Artemis I — Foto: Divulgação
Helga e Zohar, os dois torsos “fantasmas” que irão para a missão Artemis I — Foto: Divulgação

Tanto Helga quanto Zohar têm 95 centímetros de altura e pesam 36 quilos. Enquanto Helga viajará sem proteção, Zohar terá um colete de proteção contra radiação. O corpo feminino, vale destacar, é muito mais sensível a essa radiação em órgãos como os seios.

O único dos manequins que estará “completo”, com cabeça, braços e pernas, é o Moonikin Campos. O nome é resultado de um jogo de palavras com Luna (moon) e Mannequin, em inglês, enquanto Campos era o sobrenome de Arturo Campos, o engenheiro hispânico que ajudou a salvar os astronautas da Apollo 13.

Na ocasião do famoso pedido de ajuda “Houston, temos um problema”, na terceira tentativa da NASA de colocar pessoas na Lua, uma explosão na nave, que afetou os astronautas John Swigert (que diz a frase), Jim Lovell e Fred Haise, o engenheiro eletricista Campos (1934-2001), nascido em Laredo e descendente de mexicanos, ajudou os astronautas a sobreviverem ao acidente.

Como Helga e Zohar, Moonikin, Campos usará sensores para fornecer dados sobre o que a tripulação do Artemis I pode experimentar. Ele também possui, segundo a agência aeroespacial, dois sensores de radiação e a primeira geração do Orion Crew Survival System, além de um traje espacial que os astronautas usarão durante o lançamento, entrada e demais fases das missões.

Seu assento possui dois sensores, um sob o encosto de cabeça e outro sob o assento, para registrar a aceleração e as vibrações durante a missão, segundo o portal Fayer Wayer.

Manequins femininos para a jornada de Artemis I, Helga e Zohar são dois torsos “fantasmas” idênticos, que ocuparão os assentos inferiores do Orion. Parte do estudo científico, chamado Matroshka AstroRad Radiation Experiment (MARE), eles são projetados para medir a quantidade de radiação espacial à qual os astronautas podem ser submetidos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui