Nesta semana, os astrônomos ficaram chocados com três novos estudos sobre galáxias distantes encontradas por meio do telescópio James Webb. Os autores alegam (e ainda aguardam por confirmação) distâncias ainda maiores do que a atual recordista, também detectada pelo James Webb e anunciada na semana anterior.
Além disso, vimos novas imagens incríveis de Júpiter, da lua marciana Phobos, e muito mais. Confira as principais novidades da semana!
Uma foto incrivelmente detalhada da lua de Marte
Phobos, uma das duas luas marcianas, foi fotografada pela espaçonave chinesa Tianwen-1 com alto nível de detalhes. A imagem revela estrias na superfície provavelmente criadas por impactos ao longo da história, e uma quantidade generosa de crateras. Öpik, de 2 km de diâmetro, está em destaque.
Esta lua tem apenas 11 km de diâmetro e sua origem ainda está em discussão: pode ser um asteroide capturado por Marte ou uma pilha de entulhos acumulada na órbita do Planeta Vermelho.
James Webb quebrou de novo o recorde de galáxia mais distante?
Nada está confirmado ainda, mas alguns astrônomos publicaram estudos relatando ter encontrado algumas galáxias muito distantes nas imagens do James Webb. Uma delas, segundo os cálculos, seria de apenas 200 milhões de anos após o Big Bang.
Se esse estudo for confirmado, esta galáxia será, de longe, a mais antiga já observada. A atual recordista, também descoberta pelo James Webb, é de 300 milhões de anos após o Big Bang.
Novo tipo de mineral criado por impacto há 50 mil anos
Na cratera gigantesca da imagem acima, formada 50 mil anos atrás por um choque com um asteroide, os cientistas encontraram um novo tipo de mineral de carbono. Ele é um composto de diamante nanoestruturado e grafeno, e pode ser usado em futuras tecnologiashttps://95ab45f1f490177b72b5057f8cbd2a9c.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A cratera é conhecida como Arizona Meteor Crater e tem 1.250 metros de diâmetro e 173 metros de profundidade. O meteorito responsável por esta proeza tinha 25 a 30 metros de diâmetro e atingiu o solo a uma velocidade de 70.000 km/hora.
Novas buscas por fosfina (e vida) em Vênus
Pesquisadores liderados por Jane Greaves, astrônoma e astrobióloga que conduziu uma suposta descoberta de fosfina em Vênus há dois anos, apresentaram novas perspectivas sobre o assunto, em especial com o telescópio James Clerk Maxwell Telescope (JCMT).
Em uma apresentação da American Astronomical Society (AAS), em junho, Greaves quis mostrar haver evidências sólidas da presença de fostina no planeta, o que poderia significar uma chance de encontrar vida na atmosfera venusiana. O JCMT encontrou a molécula com um instrumento diferente do estudo original, por isso a equipe quer dedicar cerca de 200 horas de observações deste observatório para estudar Vênus e coletar mais dados.
Estudantes suíços criam habitat espacial que cabe dentro da Starship
Estudantes com idade entre 6 e 18 anos do internato suíço Institut auf dem Rosenberg, ao lado da empresa de arquitetura dinamarquesa SAGA Architects, projetaram um habitat espacial para os futuros exploradores que viajarão na Starship, da SpaceX. Eles usaram polímetro impresso em 3D e um estabilizador UV para aumentar a durabilidade do material.
No habitat cabem dois ocupantes e há 3 andares: o primeiro é dedicado à higiene, além de incluir um laboratório e uma oficina; o segundo é para trabalho, recreação e entretenimento; e o terceiro é voltado à privacidade e descanso. Claro, trata-se apenas de um estudo, que ainda será levado adiante com mais pesquisas. Mas quem sabe um dia veremos o conceito ir, literalmente, às alturas?
Fotos incríveis das tempestades de Júpiter
A sonda Juno realizou seu 43º sobrevoo por Júpiter no início do mês e as imagens das tempestades do polo Norte do planeta são impressionantes. A sonda produziu as fotos com o instrumento JunoCam e, depois, o cientista cidadão Brian Swift trabalhou com as imagens brutas para chegar ao resultado acima.
Essas tempestades têm mais de 50 km de profundidade na atmosfera e se estendem por centenas de quilômetros. Para coletar esses dados, a Juno se aproxima de Júpiter até aproximadamente 5 mil quilômetros de distância.
Emirados Árabes escolhem seu primeiro astronauta para uma missão de longa duração na ISS
Sultan AlNeyadi, de 41 anos, será o primeiro astronauta árabe a participar de uma missão de longa duração a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele voará como parte da missão Crew-6 da SpaceX, acompanhado por Stephen Bowen e Warren Hoburg, da NASA, e do russo Andrey Fedyaev.
A vaga de AlNeyadi para a ISS foi garantida após um acordo entre os Emirados Árabes e a empresa norte-americana Axiom Space. A decolagem está planejada para abril de 2023.