É triste acompanhar as campanhas dos candidatos a governar nosso País e nossos estados. O que prevalece são propostas populistas ou o simples ataque ao adversário, com a maioria deixando de lado o campo das ideias verdadeiramente transformadoras e factíveis para o bem das pessoas.

Em paralelo, cresce no mundo empresarial a importância da sigla ESG (Environmental/ Ambiental; Social; Governance/ Governança). Gestores de empresas são impelidos a pensar além do lucro e agir em benefício da sociedade. A pesquisa anual Trust Barometer, da Edelman, não deixa dúvidas: as empresas são a única instituição de confiança no Brasil. Sim, você está lendo direito. Nem as ONGs, nem a mídia e muito menos os governos chegam a patamares mínimos de confiança. O governo teve apenas 39% de respondentes com alguma confiança (o índice mínimo é de 60% para garantir uma percepção de confiança). A mídia, 48%. E as ONGs, 56%. As empresas passaram raspando, com 61%, mas é nelas que se deposita a última esperança de um mundo melhor.

Não deveria ser assim. Quando analisamos os critérios ESG mais a fundo vemos que seus princípios deveriam ser seguidos fielmente pelos governantes. Vejamos! No pilar E, do ESG, temos a visão do meio ambiente. Não é preciso muito esforço para entendermos a importância do cuidado com o meio ambiente nos dias de hoje. E, no caso do Brasil, temos um lado preocupante – somos o 4º emissor global de gases efeito estufa –, mas também outro lado de enorme oportunidade: temos uma matriz energética invejável – 80% oriunda de fontes renováveis – e um potencial gigantesco no campo de comércio de créditos de carbono, que está em fase de regulação.

Uma riqueza potencial que pode superar o valor do petróleo até 2050. Já no pilar S, do ESG, vemos as questões sociais, principalmente a erradicação da fome. É inaceitável termos 33 milhões de brasileiros passando fome e a metade da população com alguma insegurança alimentar. Logo o Brasil, o celeiro do mundo?! Mas ainda na vertente S, há a preocupação com uma administração que cuide mais da diversidade, equidade e inclusão.

Que cuide mais das pessoas, sem preconceito e com um olhar inclusivo, com ações afirmativas para a população menos favorecida. Que crie um ambiente menos beligerante, mais amigável e seguro para todos. Que tenha planos consistentes e ambiciosos para a educação e também para os idosos, cuja participação crescerá substancialmente no total da população brasileira.

E finalmente o pilar G, de Governança. Qual será o governante que assumirá o compromisso verdadeiro de uma atuação totalmente pautada pelo respeito total à constituição, pela ética e transparência, sem condescendência com jeitinhos, chicanas e transgressão dos valores constitucionais.

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Seguir os critérios ESG à risca será a garantia de um alinhamento moderno, em sintonia com a preocupação mundial com a reversão do quadro de aquecimento global e respeito ao meio ambiente, com as questões sociais e com uma governança pautada pela ética, honestidade e respeito.

Quem vai levantar essa bandeira do ESG? Mas não somente com finalidade eleitoreira, do discurso fácil, mas com compromissos formais, com metas e visibilidade de processos para o atingimento. 

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