Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, será a próxima capital a ter acesso à internet 5G. A previsão é que a rede de alta velocidade chegue à cidade gaúcha nesta sexta-feira (29). Porém, de acordo com a prefeitura porto alegrense, é possível que a chegada da quinta geração de internet móvel seja antecipada e aconteça ainda hoje.

A capital gaúcha será a segunda a receber o chamado “5G puro”, que é o sinal oferecido na faixa de 3,5 gigahertz. A primeira cidade a receber o sinal foi a capital federal, Brasília, onde o sinal está operando desde o início de julho. Depois de Porto Alegre, as próximas cidades a receberem a rede de alta velocidade são João Pessoa, na Paraíba, e Belo Horizonte, em Minas Gerais, que também devem receber a rede nesta sexta-feira.

5G estará em todas as capitais até o final de setembro

De acordo com a Anatel, todas as capitais terão rede 5G até o final de setembro. As condições para início da operação em Porto Alegre, João Pessoa e Belo Horizonte já estão postas, uma vez que a instalação das torres e filtros contra interferência já estão instalados nas três cidades. Testes realizados na última segunda-feira (25) apontaram que o sinal já pode ser ativado nas três capitais.

Em Porto Alegre, especificamente, estão instaladas 291 antenas de 4G licenciadas, que podem ser substituídas por 5G a critério de cada operadora. Ainda não é possível saber em quais pontos da cidade a rede 5G funcionará nestes primeiros momentos, mas a expectativa é que o sinal chegue primeiro em bairros onde há maior número de habitantes.

Capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Salvador, devem ser as próximas a receber o sinal. Porém, até o momento, ainda não se tem detalhes sobre a data do início da operação da rede nessas cidades. Para poder ativar o sinal 5G, além da instalação de antenas e filtros, também é necessária a distribuição de kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas à população de baixa renda, que tem direito ao serviço.

5G brasileiro tem alguns problemas

Mesmo se expandindo para outras capitais, o 5G oferecido no Brasil ainda não conta com a devida fiscalização. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não pode receber denúncias ou punir as operadoras por baixa qualidade do serviço prestado, por exemplo. Em Brasília, consumidores têm reclamado da instabilidade do serviço e da velocidade, que nem sempre chega ao que foi prometido.

Na capital federal, muitas vezes a velocidade do 5G desce a níveis comparados aos da rede 4G, por conta da falta de cobertura de sinal na cidade. Segundo técnicos da Anatel ouvidos pela Folha de S. Paulo, porém, ocorre que poucos modelos de smartphones disponíveis no mercado funcionam com a tecnologia standalone, que é a do chamado 5G puro.

Nesta tecnologia, o tempo de latência é inferior a 1 milissegundo, caso o aparelho ou a rede não possuam standalone, o tempo de latência é maior. Além disso, muitas redes operam com o compartilhamento dinâmico de espectro (DSS, na sigla em inglês). Nesta tecnologia, são usadas antenas de 4G para simular a velocidade do 5G, mas com um tempo de latência ainda maior.

Por Kaique Lima

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