quinta-feira,28 novembro, 2024

O Metaverso vai mudar a forma de se relacionar e a experiência do cliente?

Pensar em um dia a dia no Metaverso ainda parece esquisito para a maioria das pessoas, compreensivelmente. Imagina encontrar seus amigos, assistir a shows, fazer compras e até atividades físicas sem sair do quarto, só com um óculos e uma boa conexão?

Mas essa realidade virtual está se aproximando e, quando estiver consolidada, será como se sempre existisse. Essa é a sensação que temos com as tecnologias atuais, afinal: o smartphone na sua mão e a internet com a qual você está acessando este artigo eram impensáveis há apenas algumas décadas. Mas agora é impensável ficar sem eles.

Portanto, além de imaginarmos esse futuro como usuários, é preciso entender como o mercado e os consumidores vão reagir a ele. Ainda são previsões, mas, como dá para notar com o avanço tecnológico atual, as coisas caminham bem rapidamente. É melhor tentar prever do que ser pego de surpresa.

O primeiro passo para entender as tendências é observar as ações dos grandes players, que são os mais capacitados para fazer testes e descobrir o que funciona.

A Nike, por exemplo, usou a plataforma Roblox para criar o seu próprio “mundo virtual”, a Nikeland. Lá, os avatares podem usar as roupas da marca e praticar exercícios em espaços projetados para isso. É uma ação divertida que movimenta os clientes da empresa e estreita as relações.

O Metaverso oferece inúmeras possibilidades para que as marcas possam aprimorar a experiência do cliente.

Outros usos são mais práticos, como a Fiat com sua ferramenta de AR Commerce para mostrar o novo Fiat Pulse em tamanho real, permitindo que o consumidor veja como o carro ficaria em sua própria garagem ou sentindo-se já o motorista, em uma réplica virtual super-realista. Outro exemplo é o uso de provadores com realidade aumentada, empregado por marcas como Prada e Gucci, facilitando a experiência do cliente de experimentar diferentes peças.

Tudo isso mostra que o metaverso não vai mudar a maneira como empresas e público se relacionam, mas, na verdade, já está mudando.

A experiência do usuário já é o principal objetivo quando se trata de produtos e serviços, e o Metaverso oferece inúmeras possibilidades de aprimorá-la. Por isso, as pessoas estão aceitando muito bem as novidades, uma vez que elas já são construídas pensadas nesse aprimoramento.

Além disso, a pandemia de covid-19 deixou claro a necessidade das pessoas de se aproximar umas das outras. A realidade virtual é a única maneira de oferecer essa sensação de proximidade física com uma marca. A partir daí, essa relação pode se tornar muito mais aprofundada.

Seja por melhorar a agilidade, o entretenimento ou qualquer outra razão, o Metaverso é um novo meio das empresas se comunicarem com a população. Ainda há muita evolução por vir, é claro, e o mundo está investindo fortemente nesse futuro — segundo a Bloomberg Intelligence Unit, até 2024, o Metaverso deve movimentar mais de US$ 800 bilhões.

O que podemos dizer é que a nova experiência do cliente será muito mais imersiva, interativa e sensorial. E que isso vai criar relações como nunca visto antes.

Por: André Palis – Colunista

Redação
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