Grande parte das grandes e médias empresas brasileiras, com receitas anuais de R$ 10 milhões a R$ 10 bilhões, vive desafios para fomentar a cultura de inovação. Apenas 23,2% delas possuem líderes que admitem praticar a inovação. Essa é uma das constatações do estudo desenvolvido pela ACE Cortex sobre Coporate Venture Building no Brasil. O objetivo do levantamento é mapear a transformação de novos negócios e serviços em grandes empresas.

Os dados foram coletados entre maio e junho de 2022 e a pesquisa também contou com entrevistas de mais de 200 C-levels e diretores. Embora a maioria dos profissionais de inovação, 64,7%, esteja familiarizada com o conceito de Corporate Venture Building, uma parte pequena assume a prática do conceito. Neste contexto, o estudo explica que a maturidade das organizações é um dos principais pontos que impede a inovação de ser implementada no dia a dia.

As principais dificuldades são o desenho de uma estratégia geral de inovação, 31,4%, que conduza as iniciativas de maneira estruturada, e a falta de preparo dos colaboradores para trabalhar com inovação, 17,6%. A grande maioria das empresas que não praticam inovação, 79,2%, afirma ter uma baixa ou média maturidade para trabalhar com o tema. Isso significa que muitas declaram ter uma estratégia, mas possuir poucas ou nenhuma iniciativa de inovação aplicada.

Das que praticam a inovação no seu dia a dia, a maioria, 60,4%, criou uma área interna dedicada em tempo integral para lidar com a criação de novas empresas, seja por meio de um departamento de novos negócios, um comitê de inovação, ou um programa de intraempreendedorismo. Há três grandes objetivos que guiam a estrutura de inovação nas empresas: aumentar o portfólio de produtos e serviços, 60,4%, gerar novas fontes de receita, 54,2%, e entrar em mercados estratégicos, 50%.

A grande maioria das empresas, 73%, lançou entre 1 a 5 novos negócios a partir da sua área de inovação. Destes, 43,8% tiveram o foco no curto prazo, ao mesmo tempo que 25% focaram no médio prazo, e 22,9% no longo prazo.

Por Luiz Gustavo Pacete

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