Trabalhar de qualquer lugar do mundo pode ser um objetivo de carreira para muitos profissionais.
Com a pandemia da Covid-19 e a adoção em larga escala de modelos alternativos de trabalho, a flexibilidade se torna um grande atrativo para os trabalhadores e o estilo de vida “nômade digital” permite essa autonomia.
Um estilo de vida
Os nômades digitais começaram a se popularizar em meados de 2010, principalmente entre os mais jovens, e hoje, com a diminuição das funções presenciais, o número de profissionais que adotam esse modo de levar a vida aumentou significativamente.
A diferença é que a maioria dos profissionais eram freelancers e, atualmente, basta um computador e a conexão com a internet para conquistar essa autonomia — e eles podem ser até CLT.
Outra modalidade ligada a flexibilização do trabalho é o Anywhere Office.
Nessa modalidade do “escritório em qualquer lugar” tudo é digitalizado, com uma comunicação que não ocorre fisicamente, mas sim no mundo virtual
Um dos principais atrativos desse estilo de vida é a possibilidade de intercambiar turismo e trabalho por um longo período, mas é preciso prestar atenção nas regras de permanência dos países.
O que não falta é nômade digital
Estima-se que 35 milhões de profissionais são adeptos ao estilo de vida nômade em todo o mundo, segundo o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, empresa especializada em serviços de imigração mundial.
O futuro é promissor para quem planeja adotar essa forma de viver. Segundo o relatório, espera-se que um bilhão de pessoas serão nômades digitais até 2035.
Os profissionais com esse perfil já têm seus destinos favoritos.
Uma pesquisa realizada pela Corretora Imobiliária Global Savillis aponta que Lisboa, em Portugal, foi eleita a melhor cidade para se trabalhar nesse modelo, seguida por Miami, nos EUA.
“Me proponho a viver livre, mas nem tanto”
Do interior do Espírito Santo e agora em Portugal com o esposo que trabalha com tecnologia, Franscislene Demuner Pereira — que trabalha na Cidadania4U, empresa especializada em cidadania italiana e portuguesa — leva a vida sem muitas amarras.
“Aonde eu vou tenho uma casa com um estilo diferente e um estilo de vida diferente”, diz a brasileira que ressalta que para viver como nômade é preciso estar disposto.
A médio e longo prazo, é necessário abrir mão de certas coisas, como relata Pereira, que aconselha a “não se apegar as coisas matérias”. Os contatos, principalmente com os colegas de trabalho, também acabam se perdendo e muitos ela diz não conhecer pessoalmente.
Sua dica para quem quer adotar esse estilo de vida está no planejamento. Para ela, analisar (e programar) a vida profissional, financeira e pessoal também é fundamental.
Do interior do Espírito Santo e agora em Portugal com o esposo que trabalha com tecnologia, Franscislene Demuner Pereira — que trabalha na Cidadania4U, empresa especializada em cidadania italiana e portuguesa — leva a vida sem muitas amarras.
“Aonde eu vou tenho uma casa com um estilo diferente e um estilo de vida diferente”, diz a brasileira que ressalta que para viver como nômade é preciso estar disposto.
A médio e longo prazo, é necessário abrir mão de certas coisas, como relata Pereira, que aconselha a “não se apegar as coisas matérias”. Os contatos, principalmente com os colegas de trabalho, também acabam se perdendo e muitos ela diz não conhecer pessoalmente.
Sua dica para quem quer adotar esse estilo de vida está no planejamento. Para ela, analisar (e programar) a vida profissional, financeira e pessoal também é fundamental.
O intercâmbio de talentos entre países não é algo recente, mas o CEO e cofundador da Cidadania4U, Rafael Gianesini, ressalta que vários países estão se movimentando para receber os nômades digitais.
Para ele, esse estilo de vida é para quem trabalha online, não necessariamente para os profissionais do setor de tecnologia, pois basta o equipamento e o acesso à internet.
No quesito documentação, Gianesini conta que, para brasileiros com descendência europeia, questões relacionadas ao visto de permanência em países da União Europeia, por exemplo, podem ser resolvidas de forma mais simples.
Para aquelas que não herdaram uma descendência europeia e que querem permanecer mais de 90 dias no continente é necessário de um visto especial, ou seja, é preciso um planejamento mais detalhado para a empreitada.
“Atualmente, mais de 30 milhões de brasileiros podem reconhecer a nacionalidade italiana. Além disso, o trâmite para cidadania portuguesa está facilitado. Com a cidadania europeia, é possível ter livre trânsito na maioria dos países da Europa, e trânsito facilitado para os Estados Unidos. O cenário ideal para os nômades digitais”, conta o executivo.
Fonte: Money times