terça-feira,26 novembro, 2024

O curto e o longo prazo juntos

Olhe à sua volta, caminhe pela sua rua, vá ao supermercado, ligue a televisão, navegue nos sites de notícias, abasteça o carro, abra seu aplicativo de investimentos. Os desafios sociais e econômicos deste 2022 são concretos e onipresentes. Os ventos remetem a 1979, como aponta Felipe Miranda em sua coluna mensal. Pelo menos naqueles tempos o rock era de outra categoria.

Uma reportagem desta edição joga luz sobre um dos temas de maior preocupação atual, a inflação dos alimentos e a insegurança alimentar. É uma situação que deve se alongar por anos, e não apenas por meses, e que traz também oportunidades ao Brasil em frentes como alimentos e energia, como mostra a reportagem. 

Tempos duros seriam um momento propício para as empresas sentarem no caixa e mirarem o próximo trimestre em detrimento do longo prazo, certo? Não mais. Esse debate entre o presente e o futuro ficou no passado. Como mostra nosso guia Melhores do ESG, as empresas brasileiras mais preocupadas com a sustentabilidade dos negócios mantiveram e até ampliaram seus investimentos em projetos sociais, ambientais e de governança. Eles estão intrinsecamente atrelados à estratégia de negócios.

O especial coordenado pelo editor Rodrigo Caetano e pela repórter Marina Filippe traz lições de 45 companhias de 15 setores que veem nas utopias oportunidades de negócios. E utopias vêm bem a calhar neste 2022. “O cenário é de bastante preocupação. Por isso precisamos, cada vez mais, que as empresas assumam compromissos e metas”, resume Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU Brasil, em entrevista nesta edição. “Muito mais do que metas financeiras, precisamos ter metas em temas como clima, direitos humanos, água, anticorrupção, saúde mental.” 

Para além do especial ESG, esta edição traz uma entrevista com Sérgio Lazzarini, professor do Insper, sobre outro exemplo de como o pensamento de longo prazo deve nortear as decisões de empresários e governantes. Após a privatização da Eletrobras e em meio a debates sobre uma privatização da Petrobras, Lazzarini alerta: precisamos de bons governos, e de bons planos, para vender as estatais. Decisões que olham para a próxima semana são um gatilho para problemas futuros.

Vale para países, vale para estatais, vale para companhias abertas e fechadas. Empresas longevas, como o Boticário, outro caso de sucesso destacado nesta edição, em reportagem de Mariana Desidério, se adaptam às mudanças do presente, mas sabem bem aonde querem chegar. Planejamento e foco no futuro: uma combinação de sucesso contra problemas e desafios de curto, médio e longo prazo. Boa leitura!  

Por Lucas Amorim

Redação
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