O presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Weber, convocou uma reunião extraordinária para a tarde desta quinta-feira (16). Segundo apurou o blog, o encontro foi chamado para discutir a situação atual do mercado de combustíveis e um possível reajuste nos preços do diesel.
O conselho de administração é o órgão máximo de decisão da estatal. A reunião extraordinária nesta quinta foi confirmada ao blog por dois conselheiros e um diretor da estatal.
A Petrobras não confirma oficialmente a pauta do encontro. O blog apurou que, na convocação enviada aos conselheiros, consta o assunto “aumento de preços”.
Na quarta (15), o governo se reuniu com a diretoria da Petrobras para pedir que a petroleira não reajuste os preços dos combustíveis – pelo menos, até que se avalie o impacto no mercado do projeto que limitou o ICMS sobre gasolina e diesel.
Nessa reunião, o governo argumentou junto ao comando da Petrobras que era preciso verificar qual será a queda nos preços desses combustíveis com o estabelecimento de um teto para o imposto estadual.
Quando a lei for sancionada, o ICMS sobre combustíveis, eletricidade, telecomunicações e transporte público não poderá superar os 18%. Congresso concluí votação de projeto que limita ICMS sobre combustíveis.
Reajustes em estudo
A Petrobras informou que, no caso da gasolina, é possível segurar um novo reajuste nas distribuidoras porque a defasagem de preço é pequena – cerca de 5%.
No caso do diesel, no entanto, o cenário é pior. A defasagem entre o preço no mercado brasileiro e o preço externo cresceu, passando de 20% para 26%.
A Petrobras, portanto, planeja reajustar o valor do diesel nos próximos dias para evitar uma falta do produto no país. Governo pede adiamento de reajuste, e Petrobras responde que mantém política de preços.
Impacto eleitoral
O governo Bolsonaro vem tentando segurar o aumento de preços de combustíveis, por causa dos impactos inflacionários e do desgaste que isso provoca na imagem do presidente da República.
Durante a reunião realizada com a diretoria nesta quarta , alguns interlocutores do governo chegaram a dizer que a estatal precisava analisar com cuidado um reajuste porque a medida poderia beneficiar o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.