O investidor veterano e entusiasta do criptomercado, Michael Novogratz, viu sua fortuna derreter de US$ 8,5 bilhões para US$ 2,5 bilhões entre novembro de 2021 e maio de 2022 com a queda das moedas digitais. E suas perspectivas para a economia global não são nada boas.
Em entrevista ao Market Watch, antes do Federal Reserve (Fed) aumentar a taxa de juros dos EUA em 0,75 pontos percentuais, na quarta (15), ele afirmou que “a economia está caminhando para um colapso”.
“Nós entraremos numa rápida recessão, e você pode enxergar isso por vários caminhos. Contratos habitacionais estão começando a ser refinanciados [nos EUA]. Estoques estão explodindo, há demissões em várias indústrias e o Fed está em uma situação difícil”, afirma.
Não é só no Brasil: inflação é um dos grandes inimigos dos EUA
Para se ter uma ideia do impacto disso que o bilionário diz, o banco central norte-americano passou a prever um crescimento de 1,7% este ano ante 2,8% estimados em março.
Além disso, a inflação deve alcançar 5,2% ao final de 2022 ante 4,3% projetados anteriormente.
O comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) reafirmou o forte compromisso em devolvê-la para a meta de 2%.
Segundo o Fomc, essa situação reflete os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços.
O documento atribuiu à guerra entre Rússia e Ucrânia e ao ressurgimento da covid-19 na China uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e de queda sobre a atividade econômica global.
Índice de preços no pior nível em 4 décadas
Em maio, o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) subiu 1%, de 0,3% em abril. Em base anual, o CPI teve alta de 8,6%. Este foi o maior avanço desde 1981.