Compramos o porquê, o produto é só uma desculpa.

Você já parou para pensar no motivo da sua preferência por determinada marca? Será que é só pela qualidade ofertada, ou existe algo implícito no ar?!

Desde os primórdios, temos uma grande necessidade de pertencermos a um grupo que compartilhe dos nossos valores, anseios, gostos e crenças. É um sentimento tão forte, que fazemos esforços irracionais para atender a demanda.

Nosso cérebro possui dois hemisférios. O lado esquerdo, que é responsável pela lógica, linguagem e sequências. E o direito, que trabalha o ritmo, a criatividade e a harmonia.

Além disso, possuímos três níveis distintos: O reptiliano, o mamífero e o neocórtex.

O Reptiliano é a região da sobrevivência. Controla os nossos instintos fisiológicos. O Mamífero é o setor das emoções e onde se encontra o sistema límbico. Ele só reconhece sentimentos e imagens. O Neocórtex, por sua vez, é onde se localiza o raciocínio lógico e a comunicação elaborada pela linguagem.

As marcas que comunicam com clareza, a sua filosofia existencial, conectam diretamente com o emocional do consumidor, ou seja, com o sistema límbico.

Um bom exemplo, é a Apple.

Não importa o que ela faça, sempre vende muito mais do que suas concorrentes, porque transmite valores e sensações de estar constantemente, “Desafiando o status quo”. O que significa que ela está sempre em movimento por algo melhor e mais inovador.  

Seus consumidores também possuem um DNA revolucionário e se sentem orgulhosos de demonstrarem de que tribo são.

Não é feitiço, é biologia!

Quando não visualizamos o porquê da empresa, somos obrigados a decidir se iremos comprar da marca A ou B, através de dados empíricos, como preço, material utilizado ou medidas e temos um trabalho descomunal para escolher.

Quem não comunica com o nosso sistema límbico, nos impede de comprar pela intuição.

Nos obriga a utilizar o lado racional para tomarmos decisões, o que nos deixa balançados, todas as vezes que escutamos que um amigo optou por marca diferente da nossa.

Gatilhos mentais funcionam e nos fazem gastar, mas somente a comunicação efetiva, conquista uma legião de fãs.

Andar em grupos, nos deixa seguros, por isso é fantástico quando conseguimos suprir a nossa necessidade humana de afiliação, seja por meio da família, amigos, organizações ou empreendimentos.

Como diria o brilhante Simon Sinek: “ Seguimos aqueles que lideram, não por eles mas por nós mesmos”.