Qual é o cenário para o mercado de multipropriedade em 2022?

O material, coletado entre os piores meses da crise sanitária em virtude da pandemia de Covid-19, de junho de 2020 a abril de 2021, mostrou que esse segmento foi uma alternativa mais segura

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O mercado de multipropriedade imobiliária cresceu 17% no ano passado em relação a 2020, de acordo com o relatório “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil 2021”, da Caio Calfat Real Estate Consulting.  

O material, coletado entre os piores meses da crise sanitária em virtude da pandemia de Covid-19, de junho de 2020 a abril de 2021, mostrou que o setor imobiliário teve uma alternativa mais segura em relação a ativos que não rentabilizaram tão bem, mediante os efeitos da crise econômica agravada pelo coronavírus.  

E esse avanço não foi um evento isolado. Nos últimos quatro anos, este mercado apresentou uma taxa de crescimento médio de 24%, conforme indicado pela tabela a seguir. 

Com o número de 128 empreendimentos no mercado de multipropriedade em 2021, o valor geral de vendas (VGV) potencial chega a R$ 28,3 bilhões – 17,36% a mais que o apurado em 2020 (R$ 24.144.240.714). A absorção total de vendas alcança 51% desse total, com o restante (49%) em estoque. 

Por região, ainda de acordo com o levantamento, o Sul se destaca por ter o maior crescimento da oferta, com 35%. Somente o Rio Grande do Sul (RS) concentra 14 empreendimentos em 2022. Em seguida, a região Sudeste desponta com o crescimento de 19%. 

Nesse texto, você vai conhecer um pouco mais sobre o mercado de multipropriedade imobiliária e entender por que ele pode ser um investimento aprazível para atravessar o ano de 2022.

O que são e como funcionam as multipropriedades imobiliárias? 

Com base no conceito da economia compartilhada, as multipropriedades são ativos em que você pode investir para fins diversos. Imagine que você tem uma casa de veraneio. Quão bom seria que você pudesse pagar os custos desse imóvel somente quando usufruísse dele? Pois bem. As multipropriedades dão essa possibilidade. 

Criada em 1970 nos Estados Unidos, mas regularizada e legalizada no Brasil apenas em 2018, por meio da lei nº 13.777, a prática permite que você, em vez de comprar um imóvel, adquira uma fração dele – pela parcela correspondente do preço e com escritura proporcional – e assim tenha o direito de usá-lo como bem entender por um período determinado do ano.   

Todos os custos são divididos com os outros proprietários e cada um arca com o contingente relativo ao seu tempo de uso. Geralmente, as administradoras dividem os ativos em 52 cotas de aquisição, que simbolizam, em prazos, 52 semanas do ano para utilização.  

E quais são as vantagens da multipropriedade imobiliária?

Os projetos contam com uma empresa para gestão não apenas da parte financeira, mas também para manter os imóveis sempre em condições de uso entre a saída de um cotista e a entrada de outro. Essa gestão conta com a divisão justa para gastos de limpeza, manutenção, impostos e pagamentos de serviços a concessionárias de energia e saneamento básico.  

A legislação ainda permite que o proprietário alugue seu imóvel pelo tempo equivalente ao que teria direito de usufruir, podendo assim, rentabilizar o bem. No Brasil, o setor já busca multipropriedades que estejam fora do eixo Rio-São Paulo, com opções mais concentradas no interior. 

O Fundo de Investimento Imobiliário TG Ativo Real (TGAR11), fundo gerido pela TG Core, empresa investida da holding Trinus Co, se trata de um fundo de investimento imobiliário (FII) híbrido, que investe em ativos de recebíveis imobiliários e de desenvolvimento imobiliário, também investe em ativos de multipropriedade.

Vale a pena investir em multipropriedades imobiliárias em 2022? 

O ano de 2022 já adiciona alguns desafios ao cenário macroeconômico brasileiro, com a eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia. Iniciada em meados de fevereiro, o conflito militar pressiona os preços de commodities no mercado internacional, além de afetar também o Brasil. 

Resultados mais recentes sobre a inflação, como o IPCA em 1,01% no mês de fevereiro, e projeções que dão conta de maior prorrogação para o ciclo de alta da taxa básica de juros Selic já repercutem no mercado financeiro. 

O ano de 2021 sofreu com os impactos da Covid-19. Somados aos números de 2020, as perdas chegam a R$ 453 bilhões para o turismo brasileiro, com milhares de trabalhadores desempregados. Mas esses dias já podem estar ficando para trás. 

Com a redução das medidas de isolamento social, com a queda dos números de casos e óbitos por coronavírus e o avanço da cobertura vacinal completa, que já supera o patamar de 75% dos brasileiros, as pessoas passarão a buscar cada vez mais opções de lazer e tranquilidade durante feriados e momentos de descanso.  

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