O uso de inteligência artificial é a aposta para os próximos anos na educação. A tecnologia ligada à área da robótica foi a grande aposta apresentada durante a Bett Brasil 2022, feira internacional de educação, no Transamérica Expo Center, localizado na zona sul da cidade de São Paulo, realizada na última semana.
Com o uso de diversos recursos, como reconhecimento de voz e de visão, o novo conceito possibilita a resolução de tarefas por estudantes, professores e gestores da área educacional, é o que explica Cláudia Valério, diretora da Bett Brasil, sobre a importância do avanço da tecnologia no setor educacional.
“No atual contexto da pandemia, vale destacar que nenhum setor funcionará como antes, principalmente a área da educação. A transformação e a imersão para o digital, com o uso das novas tecnologias, tem sido bastante oportuna. Nós tivemos de reaprender a aprender. Vimos os professores saírem do ensino tradicional e passando a dar aula em um novo formato, o virtual”, explica Valério.
Ainda de acordo com a diretora, falar sobre inteligência artificial no Brasil é trazer uma nova realidade, com soluções aplicáveis a todos os setores, sobretudo na educação, que deve beneficiar alunos e professores. “Com a pandemia de Covid-19 as escolas foram adaptando os métodos de ensino e aprendizagem, com a utilização cada vez mais frequente de plataformas e recursos digitais”, complementa o diretor de ensino e inovações educacionais, Ademar Celedônio do SAS Plataforma de educação.
Segundo o estudo da McKinsey, o uso de tecnologias já existentes pode ajudar professores a aumentarem de 20% a 40% o tempo dedicado à interação e suporte com os estudantes. Para Ulisses Cardinot, CEO e fundador da International School, inteligência artificial não é tendência, é realidade. “Estamos lidando com uma geração que já nasceu conectada, na era da internet.”
Atentos a essa realidade, o R7 foi apresentado a ISA (International School Assistant), uma assistente virtual. Cardinot explica que o objetivo do protótipo é otimizar o trabalho dos professores, para que eles possam se dedicar mais aos estudantes, com melhor aproveitamento do ensino, tanto nas aulas presenciais quanto nas atividades remotas. “Ter uma assistente virtual capaz de apoiar o educador dentro e fora da sala de aula e ainda tirar dúvidas pontuais dos estudantes a qualquer momento representa um avanço imenso para a educação brasileira”, comenta.
A inteligência artificial do protótipo ISA será desenvolvida ao longo deste ano e passará por um processo de aprendizagem chamado ‘learning machine’, que dará a autonomia à assistente virtual. “Hoje ela está aprendendo, mas logo irá ensinar os estudantes, auxiliando durante as atividades, idiomas e muito mais. Uma tecnologia de fato aplicada a nossa educação. Estamos falando da formação do futuro”, explica o head de marketing da empresa, Jefferson Feitosa.
Metaverso x educação
O Metaverso é o conceito que proporciona experiências sensoriais em um ambiente virtual imersivo e deve entrar nas escolas também, explica o CEO, Rafael Oliveira do Grupo Maker Educação e Tecnologia. “É poder ‘sentir’ as coisas, como se estivéssemos no local”.
O Metaverso na educação possibilita experiências imersivas em realidade virtual, com o uso de ferramentas tecnológicas de última geração. “É uma forma das pessoas se relacionarem por meio de avatares em um ambiente de realidade aumentada, sem sair de casa ou de uma sala de aula, por exemplo”, explica Oliveira.
Outra iniciativa relacionada à inteligência artificial é voltada para professores no planejamento das aulas. Idealizado pela Edify Education, a ferramenta Toolkit é totalmente online, editável e interativa.
A ferramenta simplifica o planejamento das aulas por meio de um banco de ideias, que os docentes poderão usar para customizar as aulas. O calendário semanal também é uma funcionalidade que vem para facilitar a organização do professor, que terá todos os recursos em um só lugar.
Por: Alex Gonçalves – R7