Moinho ativa hub de inovação com evento sobre sustentabilidade

Empresas foram convidadas a participar do Fórum ESG de Juiz de Fora

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Com a participação do diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), Carlo Pereira, o Moinho ativou no dia 5 de maio, o Moinho LAB, hub de inovação orientado pelos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que busca por meio de conexões com empresas e organizações estimular o protagonismo, a convivência e a colaboração para gerar impacto positivo e prosperidade.

CEO do Moinho, Rita Rodrigues abriu o evento, apresentando o conceito do empreendimento que vai muito além de instalações físicas. Por isso, fez questão de ressaltar que não se tratava da inauguração do LAB, mas sim sua ativação, uma vez que o processo de transformação é contínuo.

“Além de um lugar da vida coletiva, nós também somos um minicentro urbano, que quer ser ocupado e visto como polo de empreendedorismo, inovação e criatividade com o olhar para o futuro. Temos como propósito inspirar para transformar e não vamos fazer isso sozinhos. Durante muito tempo a gente pensou como materializar de fato essa transformação. Por isso, criamos o Moinho LAB”, explicou.

O gestor do Hub de Inovação, Arthur Avelar, detalhou que o hub é espaço ideal para reflexões e ação. “Temos um protocolo de intenções com a Prefeitura de Juiz de Fora para sermos um centro de tecnologia e inovação e também de excelente capital humano. Como bons mineiros, estamos com a faca e o queijo na mão para trilhar o caminho dessa transformação”.

Juiz de Fora pode ser ponto de integração para a Rede Brasil do Pacto Global

Palestrante convidado, o diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global ONU, Carlo Pereira, parabenizou a cidade pela iniciativa, uma vez que um lugar como o Moinho não existe só porque o empreendedor quer, mas também porque a sociedade permite e deseja promover a mudança.

“Quero fazer o pré-anuncio de um convite para que a gente faça aqui um hub de ODS do Pacto Global. Já temos alguns hubs espalhados pelo Brasil. Por que não fazer um aqui também?” – questionou.

Em sua apresentação, Carlo explicou que o Pacto Global é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) diretamente ligada ao Secretário Geral.

“Somos um movimento global de empresas e stakeholders unidos para criar um mundo mais sustentável sem deixar ninguém para trás. É a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais 20 mil membros, 160 países e 70 redes locais. O Brasil é uma rede local e é a terceira maior do mundo com mais de 1,5 mil membros”.

Carlo apresentou dados que apontam que, apesar do mundo atravessar uma pandemia, ocorreram mudanças positivas na humanidade, ao longo dos anos. A população, por exemplo, morria severamente pela guerra, pela peste e pela fome.

“Antes, 37% da população vivia em extrema pobreza. Agora são 10%. Acabamos com várias doenças. A mortalidade infantil no Brasil, há 50 anos, era de 200 em mil. Hoje são 15 em mil. Esses exemplos e dados mostram que é possível transformar e que a humanidade é capaz de resolver seus próprios problemas”, disse.

Mesmo com tanta positividade, Carlo Pereira mostrou que não podemos parar no meio caminho. Apesar de termos avançado muito, ainda há um longo percurso pela frente. Afinal, no Brasil, 700 mil pessoas vivem na extrema pobreza. Em relação às questões climáticas, ele observou que se não controlarmos as emissões de CO2 a temperatura pode aumentar 3,5 graus até o final do século.

“O presidente Barack Obama falava que a nossa geração é a primeira a sentir os efeitos da mudança do clima e a última a conseguir fazer algo para salvar a humanidade”, ressaltou o executivo, ao alertar a plateia sobre os números que mostram a fome no Bras e que afeta 25 milhões de pessoas além das 116,8 milhões que convivem com a insegurança alimentar, ou seja, mais da metade da população brasileira.

A Agenda 2030 e ESG

“A sociedade global, e me refiro aqui ao primeiro, segundo e terceiros setores, fez a agenda 2030. Ou seja, ela foi pensada pelos governos, pela sociedade civil e pelo setor privado. Pulamos de oito para 17 objetivos, porque muita coisa teve que ser acolhida. A ideia, e o Moinho representa muito isso, é que os ODS sejam implementados pelos três setores da economia. As empresas têm um papel essencial para seu alcance”, observou Carlos Pereira.

Cunhado em uma publicação de 2004 do Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins, o termo ESG (termo em inglês que significa Meio Ambiente, Social e Governança) surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEO’s de grandes instituições financeiras, sobre como integrar esses fatores no mercado de capitais.

“A revolução global de sustentabilidade tem a mesma escala e impacto da Revolução Industrial juntamente com a velocidade da revolução digital”, afirmou Carlo ao repetir a fala do ambientalista Al Gore.

Moinho lança o Fórum ESG de Juiz de Fora

Para encerrar o evento com um convite à mobilização, a gestora de Comunicação do Moinho, Carmen Calheiros, propôs a criação de um grupo de trabalho sobre a temática ESG, na cidade.

“Quero fazer um convite para todas as empresas, para todas as organizações civis e governamentais, para não deixarmos a Agenda 2030 distante da Zona Norte, distante da nossa cidade, distante desse mundo que a gente quer construir juntos. Como Moinho, propomos a criação de um fórum para tratar de ESG em Juiz de Fora”.

Segundo ela, parceiros como Fundação Dom Cabral, Nexa, ArcelorMittal, Medquímica, BD, U&M, Camilo dos Santos, Chico Rei e o Centro Industrial já demonstraram interesse na participação, além de marcas apoiadoras, como a Bloom Consulting e Luzio Strategy, ambas de São Paulo. Os próximos passos para a consolidação do fórum serão tomados de forma coletiva.

Lideranças destacam a importância do Moinho para uma cidade sustentável

“O Moinho é um lugar de pessoas que estimula o empresariado de Juiz de Fora a adotar uma postura positiva em relação a busca do desenvolvimento sustentável e inclusivo. É um exemplo. Firmamos um protocolo de intenção para criar aqui um centro tecnológico. Dentro dessa perspectiva territorial, ele é porta de entrada para uma vida nova para essa região que tanto recurso gera para o município. Aqui estão instaladas as principais empresas da cidade”.

Ignácio Delgado – Secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade da Prefeitura de Juiz de Fora

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“O Moinho representa muito por todas as frentes que abre e impacta muito não só a Zona Norte, mas Juiz de Fora e região. É um marco temporal. Vamos conseguir realmente ver toda essa excelência que está sendo produzida aqui com todo esse conceito e todo esse conteúdo. Para nós, é um prazer muito grande, não só por morar em Juiz de Fora, mas também por termos veia empreendedora atuante. Todas as nossas empresas vão interagir com esse projeto do Moinho”.

Célio Chagas – Presidente do Hospital Albert Sabin, da Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região e do Instituto Albert Sabin. Diretor do Sabin Ensino e Pesquisa

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“O Moinho é um lugar de inovação onde as pessoas se encontram para crescer e se transformarem juntas. Onde a pessoa se transforma enquanto ser humano e também o seu negócio. Isso faz com que a cidade cresça, sem dúvida nenhuma, trazendo um tema tão atual, que é o ESG para sociedade, empresas e para Juiz de Fora”.

Gislaine Trindade – Diretora de Recursos Humanos e Comunicação da Medquímica

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“Ver a experiência do Moinho foi realmente fantástico e apaixonante. Ainda mais agora com essa agenda ESG, que a gente defende muito lá no colégio também e para mim que, há 20 anos, optei por voltar para Juiz de Fora e largar as oportunidades que tinha em São Paulo, para trabalhar o desenvolvimento da cidade. Ver grandes empresários fazendo isso é muito prazeroso. Espero de alguma forma poder participar desse movimento também”.

Makerley Arimateia – Diretor da Rede de Ensino Apogeu

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“O Moinho trouxe uma sofisticação e uma nova linguagem tecnológica. Tem uma cultura bem futurística que é a desconstrução de muros e criação de pontes. E também com a sua linha de interlocução com a periferia, o Moinho mostra que ela não é carência e sim potência. O Moinho vem como fomento, equilibrando o nosso diálogo, dando foco à cultura, à arte. Temos um palco alternativo para manifestar as nossas inquietações. Isso é maravilhoso”.

Negro Bússola – CEO e fundador presidente da Casa de Cultura Evailton Vilela

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“Estou encantado. Passo aqui constantemente para ir para a fábrica no Distrito Industrial, e o Moinho está cada dia mais harmonioso. Eu o considero como um aliado para favorecer a Zona Norte”.

Heitor Villela -Fundador da Paraibuna Embalagens

Fonte: G1 Globo

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