Inaugurado no ano de 2006, o Museu de História Natural de Mato Grosso vem propagando conhecimentos arqueológicos, paleontológicos e etnológicos para a população mato-grossense. Localizado na avenida Beira Rio, em Cuiabá, o Museu organiza seu acervo de forma cronológica.
Um dos patrimônios históricos do estado presentes no Museu é a Casa Dom Aquino. Com uma arquitetura colonial, a casa foi construída pela família Duarte Murtinho, e se tornou local de nascimento de duas figuras públicas com grandes contribuições para Mato Grosso: Joaquim Murtinho e Dom Aquino Corrêa.
Joaquim Duarte Murtinho foi um médico e precursor da homeopatia no Brasil. Joaquim, que veio de uma família com forte presença na política, ocupou o cargo de senador da República durante três mandatos e futuramente veio a se tornar Ministro da Fazenda.
Anos depois do nascimento de Murtinho, a chácara é vendida para a família Aquino Correia e nasce, em 1885, Francisco de Aquino Correia. Dom Francisco Aquino Correa foi um dos principais incentivadores a fundação da Academia Mato-grossense de Letras e o primeiro mato-grossense a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Dom Aquino tornou-se Arcebispo em Cuiabá e deixou como legado a composição do hino de Mato Grosso.
No ano de 1998 o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss) assume o espaço da casa Dom Aquino para salvaguarda de materiais arqueológicos e paleontológicos. Foi apenas no ano de 2006 que o Museu de Pré-história Casa Dom Aquino é inaugurado, em 2016 o Museu teve seu nome alterado para Museu de História Natural de Mato Grosso. A coordenadora do Museu e vice-presidente do instituto Ecoss, Enir Maria Silva, explica que hoje a gestão do Museu é feita em parceria do instituto com a Secretaria do Estado de Cultura.
“O Ecoss tem a missão de preservar esses sítios arqueológicos, salvaguardar todo esse acervo paleontológico, preservar a cultura e o meio ambiente. O Museu de história natural surge com esse objetivo também de preservação da cultura, da arqueologia, paleontologia e para disseminar a ciência e as pesquisas”, declara.
A coordenadora relata que com a volta as aulas presenciais as visitas mediadas para grupos escolares aumentaram consideravelmente. Enir, que também é professora de geografia, diz que diversos alunos ainda não sabem sobre a existência desses espaços.
“Quando nós falamos de Museu nas escolas as crianças ficam confusas e perguntam se Cuiabá realmente possui Museus, quando contamos, eles acabam se surpreendendo”, relata Enir.
Segundo ela, o Museu de História Natural de Mato Grosso recebe visitas de universidades de outros municípios também, como Cáceres, Diamantino, Sinop e Rondonópolis. Enir conta que já houveram visitas vindas de outros estados também. De acordo com ela, em 2021, estudantes da Universidade Federal de Rondônia (Unir) vieram conhecer o espaço. Além das universidades, os institutos federais de Mato Grosso (IFMT) também se fazem presentes no local.
Enir explica que as exposições permanentes no Museu são divididas em quatro setores: histórica, arqueológica (pré-histórica e histórica), paleontológica e etnológica. Nessas exposições são abordados temas como a origem da terra, as transformações da biodiversidade de Mato Grosso e a diversidade dos povos originários mato-grossenses.
Uma das obras que mais chama atenção no espaço é a réplica do esqueleto Pycnonemosaurus Nevesi, um dinossauro que habitava a região da Chapada dos Guimarães durante o período Cretáceo. Enir relata que durante os anos 2000 foi realizada uma escavação aos fundos da casa, onde foi encontrado inúmeros materiais arqueológicos como: louças, cerâmicas e cachimbos.
Uma das ações inovadoras propostas pelo Museu é a visitação virtual em 360º das exposições permanentes, podendo ser acessada pelo seu site oficial. As redes sociais do Museu também trazem diversas curiosidades educativas sobre o acervo.
Iniciativas sustentáveis
Sendo uma instituição que se preocupa com a preservação ambiental, o Museu de História Natural de MT possui algumas iniciativas sustentáveis.
Uma das iniciativas que ajudam na preservação de recursos naturais propostas pela instituição é a da fossa de bananeira. Esse sistema recebe os resíduos dos vasos sanitários que sofrem ação das bactérias, dessa forma, transformando a matéria orgânica em nutrientes necessários para o crescimento das bananeiras que estão plantadas na área verde do Museu.
Eles também possuem uma cisterna para a coleta de água da chuva. A água fica armazenada em um tanque e é utilizada para limpeza durante os períodos de seca.
O Museu de História Natural de Mato Grosso é de suma importância para a preservação da cultura e disseminação da ciência no estado.
“Esse acervo conta a história dos nossos antepassados, então é a nossa história. Se nós não conhecemos a nossa história nós não sabemos quem somos, precisamos estar cientes para termos uma ideia de futuro”, finaliza Enir.
Por: Victória Oliveira
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