Recentemente um acidente de carro que poderia ter ocasionado apenas danos materiais chamou a atenção do país e acendeu um alerta em relação ao uso do cinto de segurança no banco traseiro do carro. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 54,6% dos brasileiros afirmam sempre utilizar o equipamento de segurança quando estão na parte de trás do automóvel.
O fato citado acima faz referência ao acidente com o empresário e ex-BBB Rodrigo Mussi, que viajava em um carro de aplicativo, quando o veículo bateu na traseira de um caminhão. O motorista usava o equipamento de segurança e não sofreu nenhuma lesão. Já o jovem teve uma fratura na perna, precisou realizar 3 cirurgias, sofreu um traumatismo craniano e uma lesão na coluna. Ele passará por reabilitação intensiva com sessões de fisioterapia e tratamentos fonoaudiológicos e neurológicos.
A gravidade do caso poderia ter sido facilmente evitada, caso ele estivesse usando o cinto. Mas assim como ele, pouco mais da metade dos brasileiros se lembram que os acidentes de trânsito estão entre as principais causas externas de morte no Brasil e no mundo e que, em muitos casos, o cinto de segurança seria suficiente para prevenir ou minimizar lesões ou até mesmo as mortes.
Ainda é possível ressaltar que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a obrigatoriedade de utilização do cinto de segurança é para todos os ocupantes dos veículos automotores, inclusive no banco traseiro. A não utilização é uma infração de trânsito grave, com penalidade de multa no valor de R$ 195,23 e a perda de 5 pontos na carteira.
No caso do modelo e influenciador digital, ele vai precisar usar pelo resto da vida uma haste de sustentação, como implante definitivo, em uma das pernas, procedimento que trata as lesões sofridas no osso da tíbia, considerado padrão atualmente pelos médicos ortopedistas.
Portanto, mesmo que o considere um incômodo, é preciso parar de pensar nele como um vilão e utilizá-lo em qualquer ocasião, seja nas principais vias da cidade, dentro de um condomínio, no interior do Estado ou em uma movimentada rodovia. Lembre-se: nunca há situação segura o suficiente em que o cinto de segurança seja dispensável.
*Dr. Vitor Spalatti é médico ortopedista e presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, regional Mato Grosso (SBOT-MT)
Fonte: YOD Comunicação