Clube mais popular do Brasil e de maior torcida, mais de 40 milhões de brasileiros, o Clube de Regatas Flamengo (CRF) está adequado à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. O processo começou em 2019 e, hoje, é diretriz para o relacionamento com mais de 1000 colaboradores, sócios-torcedores, fornecedores terceirizados, entre outros. O vice-presidente de TI do Flamengo, Alexandre Pinto, conta que o primeiro passo foi a definição de um planejamento estratégico, com a participação do presidente do clube, Rodolfo Landim.
Depois o clube contratou uma empresa para fazer o inventário de segurança de dados e, a partir daí, uma plataforma de implementação e gestão de LGPD. Na sequência, selecionou um colaborador do clube com habilidades multidisciplinares para ser o DPO – Data Protection Officer. E por fim, realizou reuniões de conscientização e apoio do presidente, Rodolfo Landim, e dos demais membros da diretoria, disseminando a importância da lei e como isso impacta todo o Clube. Atualmente vem sendo criado um comitê específico, responsável por atualizar a Política de Privacidade e rever as cláusulas dos contratos vigentes.
Para Alexandre Pinto, a adequação precisou ser muito bem articulada entre todos os setores do Clube. “Um ponto importante da lei é que ela se chama Lei Geral de Proteção de Dados, mas no fundo o que ela está buscando é a privacidade. Então os primeiros passos são a conscientização e o treinamento, pois sem as pessoas entenderem a importância e o como implementar, a proteção de dados não vai para a prática”, comenta.
No caso do Flamengo, a sanção da LGPD impacta o relacionamento com mais de 1.000 colaboradores e sócios-torcedores, além de fornecedores terceirizados e outros milhões de torcedores. O VP destaca o pioneirismo do Clube no cenário nacional, mas ressalta que a adequação requer um processo contínuo de segurança jurídica, de processos de negócio e tecnológica. “Estar adequado à LGPD é uma oportunidade de se tornar mais competitivo e uma questão de reputação”, sinaliza.
De maneira geral, o executivo avalia como incipiente a implantação da Lei no país. “De fato a grande maioria das empresas está aguardando quando a ANPD começar efetivamente a multar e a ficar mais ativa na fiscalização para realizar a adequação. Mas a prevenção é sempre o melhor e o mais efetivo remédio”, finaliza Alexandre Pinto.
Fonte: convergenciadigital.com.br