Cientistas controlam cérebros de animais com luz infravermelha; avanço pode ajudar pessoas com Alzheimer

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Com pequenos avanços, neurocientistas estão conseguindo entender os grandes mistérios do cérebro e desenvolvendo algumas técnicas para estimular os neurônios. Na última segunda (21), foi publicado um estudo na revista científica Nature Biomedical Engineering em que pesquisadores da Nanyang Technological University (NTU) anunciaram uma nova forma de controlar circuitos cerebrais com luz infravermelha.

A técnica tem como base a optogenética, que é a união entre ótica, genética e bioengenharia, permitindo que o estudo de circuitos neuronais atue em células específicas. Por outro lado, os pesquisadores reconhecem algumas limitações por conta da dependência da luz no espectro visível, pois precisaria de implantes invasivos que são prejudiciais aos tecidos.

Para tentar solucionar este problema, eles pensaram no infravermelho como alternativa e equiparam artificialmente neurônios específicos no cérebro de camundongos com uma molécula chamada TRPV1, que é sensível ao calor. Foi então que conseguiram estimular as células modificadas, o que fez com que brilhasse a luz infravermelha por meio do crânio e do couro cabeludo, indo até um metro de distância.

Além disso, a técnica conta com uma molécula que pode ser injetada em regiões específicas do cérebro de forma que consiga absorver e amplificar a luz infravermelha que penetra no tecido cerebral. Já nos primeiros testes, foram conduzidos neurônios em um lado do córtex motor de camundongos e ao acender a luz infravermelha, os animais começaram a andar em círculos, impulsionados pelo estímulo unilateral de seu córtex motor.

Esse avanço na ciência é uma forma de terapia de luz infravermelha que também pode ajudar pessoas com Alzheimer. De acordo com os experimentos, quem recebeu a luz infravermelha relatou uma melhoria significativa na função motora, no desempenho da memória e na velocidade de processamento do cérebro.

Fonte: Olhar Digital

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