A pandemia de Covid-19 impactou o mundo de diversas maneiras. Desde as relações de trabalho, até as ações mais simples da vida cotidiana precisaram se adaptar a uma nova realidade. Por outro lado, os desafios da crise sanitária também se transformaram em um catalisador de inovação para a saúde.
Foi preciso um olhar atento às oportunidades de integrar, pela primeira vez, saúde, tecnologia e inovação. Entender que esses três pilares poderiam construir um novo futuro é o principal diferencial para que o Ágora.Health já nascesse como uma referência.
Inaugurado em 2021, o cluster de saúde Ágora.Health, localizado no Ágora Tech Park, em Joinville (SC), chegou para ser o propulsor dessa revolução. O projeto é liderado pelo Grupo Opty (maior grupo de oftalmologia da América Latina), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, a varejista farmacêutica Clamed, além do próprio Ágora.
O HUB se propõe a ser um centro de referência no cuidado e atendimento ao paciente. Ele busca trabalhar a saúde de forma horizontal, conectando parceiros estratégicos que colocam o paciente no centro de suas operações, melhorando a sua experiência com uma jornada totalmente integrada
Para Renan Oliveira, líder de inovações médicas do Grupo Opty, o Ágora.Health nasceu com o propósito de pensar o sistema de saúde de maneira mais inteligente, facilitando a vida das pessoas e construindo uma sociedade mais saudável.
— A gente acredita que é possível fazer um sistema de saúde melhor, se usarmos os recursos de tecnologia e inovação. Pensar em um ecossistema de saúde mais conectado, mais inteligente e mais centrado na experiência do paciente e do ser humano — comenta Renan.
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Instalado no segundo prédio do Ágora Tech Park, o Ágora.Health é composto pela Sadalla.Smart, clínica 4.0 do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem e pela farmácia inteligente da Clamed.
Além disso, o complexo também possui espaços para o desenvolvimento de projetos de inovação em saúde, aproveitando todo o ecossistema em que estão inseridos.
Para o Head de Inovação do Hospital Dona Helena, Chander João Turcatti, “A estratégia do Hospital Dona Helena em estar no Ágora Tech Park virá para fortalecer o nosso propósito em ofertar melhores soluções inovadoras para os clientes e comunidade em geral, desenvolvendo ações e estratégias para possibilitar à instituição e aos seus parceiros que se tornem mais digitais e eficientes, gerando uma melhor entrega de valor”.
Na prática, o que o Ágora.Health faz é não só proporcionar um ambiente onde as ideias fervilham, como também mostrar que a inovação na saúde se relaciona muito mais com o valor do que você oferece, do que com grandes inspirações.
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Inovar é um movimento prático, de colocar a mão na massa, testar, entender quais as necessidades e as dores do seu paciente. É uma relação de conexão e integração com todo um ecossistema que permite com que as ideias se concretizem e impactem a vida e o dia a dia das pessoas.
Aliado a isso, a necessidade e a urgência de adaptação ao contexto criado pela pandemia fez com que a transformação tecnológica na saúde fosse acelerada. É o que reflete Renan, ao pensar no grande salto que o segmento pode dar nos próximos anos.
Para ele, ainda que essa disrupção criativa já estivesse sendo discutida há décadas, muitas soluções na área da saúde não encontravam um fit no mercado.
— A pandemia acelerou todo esse processo. Ela trouxe visibilidade para esse setor de inovação em saúde e, principalmente, para as health techs, startups da área que antes não tinham tanta adesão e espaço para se desenvolverem— explica Oliveira.
É desse modo que o Ágora.Health ajuda a potencializar essa disrupção: criando um lugar que permite a conexão e a criação de uma comunidade com pensamentos e ideias plurais em prol da inovação na saúde e da melhor experiência ao paciente.
A farmácia do futuro
Criada para ser uma referência no seu segmento, a farmácia inteligente da Clamed encontrou no Ágora.Health uma oportunidade para transformar e potencializar a atuação farmacêutica.
Para Diego Zagonel, Gerente de Inovação Corporativa da Clamed, a farmácia-conceito instalada no cluster de saúde, é hoje um laboratório de inovação voltado para a criação de novos projetos.
— O Sadalla montou a Smart.Clínica e nos convidou para montar uma farmácia que tivesse um viés de reinvenção da saúde, para podermos trabalhar a jornada do paciente de uma maneira mais integrada. Então nem a clínica está isolada e nem a farmácia está isolada. As duas iniciativas estão juntas e integradas no Ágora.Health — explica Diego.
Uso de inteligência artificial, auto-atendimento, hub de saúde com salas para serviços farmacêuticos e cabine de telessaúde. Esses são apenas alguns dos recursos que fazem com que a farmácia-conceito da Clamed se destaque.
— Existe uma grande tendência de que as farmácias se tornem um ponto primário de acesso à saúde, onde você pode ter uma primeira interação e monitoramento da tua saúde. Então, a farmácia pode entregar mais do que a simples dispensação de medicamento — comenta Zagonel.
Hoje, a Clamed em parceria com o Link Lab e o Perini City Lab estão idealizando e estudando novos projetos, como a entrega de medicamentos por drones.
Assim como a Clamed, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem viu no Ágora.Health uma chance de aplicar na prática o que já vinha desenvolvendo em relação à saúde e tecnologia.
A clínica 4.0, além de ser um laboratório de inovação, é uma oportunidade de mostrar que é possível aliar os avanços médicos com a experiência do paciente, colocando ele em primeiro lugar.
A tecnologia a serviço do paciente
A tecnologia, quando utilizada de maneira inteligente e direcionada, pode transformar a maneira como o atendimento ao paciente é conduzido. É assim que Renan Oliveira, líder de inovações médicas do Grupo Opty, percebe essa transformação digital da saúde.
Oftalmologista e cirurgião no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, Renan comenta como a relação entre médico e paciente muda quando existe um processo integrado e inteligente de atendimento.
— À medida que você vai terceirizar tarefas repetitivas para o computador, você tem mais tempo de fazer o que o computador não faz, que é olhar no olho do paciente, conversar com ele, ter uma medicina mais humanizada. A tecnologia não é um fim em si mesma. Aqui ela tem o objetivo de criar uma experiência única para o paciente, esse é o nosso foco principal — explica Renan.
Foi a partir dessa ideia que nasceu a Sadalla.Smart, uma clínica completa com um fluxo de atendimento automatizado e integrado a partir de tecnologias de IoT (Internet das Coisas).
— O propósito do Sadalla.Smart foi criar uma clínica 4.0 com objetivo de testar novos modelos de atendimento. Entender até onde a gente consegue melhorar a experiência do paciente usando a tecnologia. E ele também é um laboratório de inovações clínicas, onde a gente testa novas soluções, novos aparelhos. Acredito que esse é o único lugar do Brasil onde a gente tem uma clínica voltada à inovação, dentro de um parque tecnológico e anexo a um espaço de inovação aberta — comenta Oliveira.
Assim como a Clamed Health Center, a farmácia do futuro, o Sadalla.Smart também está instalada no Ágora.Health. A união desses dois projetos mostra como é possível revolucionar o atendimento à saúde utilizando a criatividade, a inovação e a tecnologia.
— Todo esse cenário que a gente criou aqui no Ágora.Health é super fértil para inovação. Estar perto das universidades e das startups, conversar com empresas, às vezes de outros segmentos, mas que trazem insights importantes para o nosso negócio, é um ganho que às vezes é difícil colocar em dados. Como cultura de inovação, visão de mercado e visão de plataforma, que é o que a gente deseja ser como Grupo de Oftalmologia, estar em um ambiente como esse é de um valor inestimável — finaliza Renan.
Hoje, o Ágora.Health procura fomentar cada vez mais parcerias e agregar outras empresas que fazem parte do processo de jornada do paciente. Para isso, é preciso entender que a integração é mais do que um simples propósito do HUB de saúde. Ela acontece porque há uma cultura que respira inovação e tecnologia.
O Ágora.Health tem grandes metas a alcançar. A longo prazo, o que se espera é transformar o cluster de saúde em um centro de referência mundial de inovação em saúde.
E isso só é possível com uma visão de comunidade, unindo centros de inovação, universidades, abrindo portas e contando com apoio de grandes corporações, startups e governo. Afinal, são as conexões que possibilitam as ideias. E as inovações que têm o poder de transformar o bem-estar coletivo, a partir de uma saúde integrada.
Fonte: G1 GLOBO