Virginia Mendes é cuiabana, bacharel em economia e trabalha de forma voluntária com ações sociais por meio do Governo de Mato Grosso. Ela citou os projetos e destacou como uma de suas prioridades o público feminino, a mulher chefe de família. Reforçou que acredita muito na questão de que “unidas somos mais fortes”, pois de acordo com ela, somente com a união da força feminina é que foi possível tantas conquistas hoje.
“E sendo uma mulher voluntária dentro da gestão atual, senti a necessidade de trabalhar por elas e provar que juntas enfrentamos as dificuldades impostas no dia a dia da mãe de família”, enfatizou.
Sobre a Delegacia da Mulher 24h, ela mencionou que essa fundação era algo urgente, visto que não existia nenhuma delegacia específica que prestasse atendimento com horário ilimitado nos casos de violência doméstica e sexual. Relatou ainda a respeito do aplicativo “SOS Mulher MT- Botão do Pânico”, lançado pelo Governo do Estado, e o site “Medida Protetiva on-line”.
Virginia explicou que esse aplicativo pode ser baixado em todos os sistemas operacionais de celular e permite que a mulher tenha acesso ao Botão do Pânico, funciona como um pedido de socorro que avisa a Polícia quando o agressor descumpre medidas protetivas. Disse ainda que, quando esse botão é acionado, em 30 segundos o pedido chega ao Centro Integrado de Operações de Segurança pública (Ciosp). Após isso, será enviado um carro de polícia mais próximo para atender à vítima.
Esse projeto foi uma parceria entre o Governo do Estado e Tribunal de Justiça de Mato Grosso. As ferramentas foram desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio da Polícia Civil, que tem como objetivo quebrar o ciclo de violência doméstica e familiar sofrido por mulheres mato-grossenses.
Ainda sobre formas de denunciar caso de violência contra mulher, ela citou a campanha mundial da letra “X” desenhada na palma da mão, preferencialmente na cor vermelha. “É um sinal de alerta contra agressões a mulher. A marca funciona como uma denúncia de forma discreta em situação de violência doméstica. Então quando alguém ver esse sinal na mão de uma mulher, precisar chamar a polícia para identificar o agressor”, disse Virginia Mendes.
Segundo ela, na intenção de fortalecer o combate à violência contra a mulher e trabalhar o empoderamento feminino, o Governo de Mato Grosso por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania lançou o projeto SER Família Mulher, que estará disponível neste ano.
“O intuito do programa é fortalecer o combate à violência contra a mulher e trabalhar o empoderamento feminino. Isso porque na maioria das vezes a mulher que sofre a violência doméstica não consegue sair do seu próprio lar por depender financeiramente do parceiro. Muitas dessas mulheres relatam que não saem de casa com seus filhos por receio de não conseguirem se manter”, disse.
De acordo com Virginia Mendes, esse benefício será um aluguel social de até um salário mínimo por 12 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período.
A respeito do medo que muitas mulheres têm de denunciarem seus agressores, Virginia pede para que essas vítimas denunciem: “Não se calem, em hipótese alguma! Denuncie! Você não está sozinha e existem leis e políticas públicas que te protege. É preciso romper a violência contra a mulher. Sei que é uma decisão difícil para a maioria das mulheres, mas é importante pedir ajuda. Não espere a situação se agravar, nos primeiros sinais, tome uma decisão. Não sinta vergonha, não tenha medo, você não está sozinha!”
Mendes mencionou ainda que: “O meu recado a todas às mulheres é: nós podemos conquistar o mundo com a força do amor! Por mais difícil que seja as batalhas, não podemos é ter medo. Juntas lutaremos até o fim pelos seus direitos, sempre mostrando que somos capazes de fazer tudo com maestria”.
Além desses programas direcionadas ao público feminino, Virginia Mendes idealizou de forma voluntária outros projetos dentro da atual gestão como: SER Família Solidário, SER Família Indígena, SER Família Criança, Programa Aconchego, SER Família Mulher, SER Família Inclusivo, SER Família Comunitário e SER Família Emergencial.