sexta-feira,22 novembro, 2024

8 startups brasileiras são selecionadas em programa alemão para fomento do hidrogênio verde

O Brasil poderá alcançar uma receita de R$ 150 bilhões por ano no mercado de hidrogênio verde (H2V), segundo um estudo da consultoria alemã Roland Berger, publicado em janeiro, para se cumprir os compromissos do Acordo de Paris de redução das emissões de gases de efeito estufa, a maior parte da energia consumida no planeta terá que ter origem no hidrogênio verde. Globalmente, fala-se em um mercado de mais de US$ 1 trilhão em venda direta da molécula ou derivados.

Ainda de acordo com o levantamento, o consumo de hidrogênio no mundo terá de aumentar pelo menos seis vezes nos próximos 30 anos – para que as metas globais de descarbonização sejam atingidas. Dessa forma, o consumo de H2V terá de passar dos atuais 90 milhões de toneladas por ano para 527 milhões de toneladas por ano a partir de 2050. O Brasil, afirma a consultoria alemã, tem potencial para liderar essa produção.

Para isso, no entanto, a Roland Berger defende a necessidade de mecanismos de incentivo governamentais para a produção e exportação de hidrogênio verde. 

O uso do hidrogênio verde é amplo, e a consultoria fala até que ele será o “petróleo do futuro”. Isso porque é uma energia limpa, livre de emissões de carbono, que pode ser usada, por exemplo, em automóveis, aeronaves, navios, aquecimento de casas e geração de energia elétrica para edifícios. 

Algumas startups brasileiras já apresentam projetos inovadores com foco no mercado de hidrogênio verde. Oito delas foram selecionadas recentemente pelo Programa de Inovação em Hidrogênio Verde, uma iniciativa da Cooperação Brasil-Alemanha pelo Desenvolvimento Sustentável por meio do projeto H2Brasil. 

O programa, uma parceria dos governos alemão e brasileiro, tem como objetivo expandir o mercado de hidrogênio verde no Brasil, contribuindo para a substituição de combustíveis fósseis, descarbonização da economia, geração de empregos, qualificação profissional e para o apoio de ideias e projetos inovadores.

Conheça as oito startups com projetos de hidrogênio verde selecionadas:

  1. Green Power Sources Technologies: pretende converter resíduos de biomassa em biocombustíveis/bioenergia. 
  2. Open Soluções Sustentáveis: também investe em combustíveis sustentáveis, e pretende produzir diesel verde (HVO, HBO), bioquerosene (BioQAV) e renováveis, a partir de hidrogênio em plataforma de biorefino (“Plataforma Bio”).
  3. GreenEnergy: pretende aplicar tecnologias sustentáveis para resíduos agroindustriais em combustíveis verdes, como o hidrogênio verde. 
  4. Sanaergya: pretende enriquecer o biogás com hidrogênio verde. 
  5. Phama Energias Renováveis: está projetando uma fábrica de produção de fertilizantes a partir de hidrogênio e amônia verdes, produzidos a partir de energia fotovoltaica.
  6. NanoInk: pretende desenvolver tintas nanotecnológicas para desenvolvimento de dispositivos geradores de hidrogênio verde. 
  7. Sharenergy: pretende impulsionar o desenvolvimento de uma plataforma que monitora sistemas de armazenamento de energia baseados em H2V para melhorar a tomada de decisão na gestão de ativos de energia renovável, oferecendo maior controle, produtividade e praticidade. 
  8. H2LAW: pretende desenvolver uma plataforma digital com objetivo de criar um ambiente de segurança jurídica para todas as oportunidades de produção, armazenamento e exploração de hidrogênio verde no Brasil.

Bernd dos Santos Mayer, coordenador do componente inovação do projeto H2Brasil, comenta que a seleção das startups trouxe para a iniciativa projetos de alta qualidade. “Temos certeza de que contribuirão para a ampliação do mercado de hidrogênio verde no Brasil”, diz.

Por: Exame

Redação
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