Na prática, a chegada do 5G no Brasil “ainda não muda muita coisa”, uma vez que apenas 5% dos celulares brasileiros são compatíveis com a forma pura da nova tecnologia — conhecida como 5G-SA —, avalia a XP Investimentos.
A corretora destaca que, como noticiado pelo Uol, a Claro tem liberado o 5G-NSA — modalidade impura da rede —, visto que as principais aplicações foram desenvolvidas para uso em 4G.
“A alta velocidade que a nova rede garante seria o suficiente para causar impacto para o consumidor”, explicam.
Os especialistas da XP afirmam que a rede pura do 5G para redes móveis e de banda larga seria “muito limitada para que o consumidor pagasse mais caro para o obter o serviço”.
Quais os potenciais do 5G?
Segundo a XP, o 5G, em sua versão pura, apresenta não somente maior rapidez na transmissão de dados mas também “baixa latência” — tempo entre um comando, sua transmissão e seu resultado menor e mais estável.
A XP destaca que a nova geração de transmissão de dados permitirá ainda experiências superiores em videogames, óculos de realidade virtual e realidade aumentada.
“O advento dessa nova rede permite, também, que vejamos um futuro distante se tornar ainda mais viável, com eletrodomésticos integrados na ‘internet das coisas’; e smart cities, nas quais luzes e trânsito, por exemplo, podem ser controladas via internet para melhorar urbanismo e em busca de eficiência energética”, exemplificam os especialistas.
Outro ponto a ser considerado é que a rede 5G garante também mais estabilidade.
Além disso, o 5G permite a não utilização de cabos e modens de Wi-Fi para o acesso doméstico ou empresarial à internet. “Com o uso do 5G Puro, pode-se aplicar um acesso fixo sem fio, que utiliza ondas de rádio para criar conexão entre torres de celular e antenas externas”, explicam.
5G Puro e Não-Puro
Os especialistas da XP explicam que o 5G puro — ou 5G-SA — considera o uso de antenas e núcleos da própria rede 5G. “Toda a estrutura que realizará a transmissão foi concebida exclusivamente para isso, sem aproveitamento de sistemas criados para o uso de 4G (caso do 5G Não-Puro)”, afirmam.
No Brasil, o 5G-SA passou a ser uma exigência para as operadoras na ocasião do leilão das faixas de transmissão.
A Anatel buscou o compromisso das empresas para investir na infraestrutura adequada e garantir diversas aplicações no futuro, tanto na indústria quanto comércio, agricultura, automóveis, entre muitos outros setores.
Por: Giovana Leal