Um estudo recente do Goldman Sachs concluiu que a ascensão da Inteligência Artificial poderia ter impacto sobre 300 milhões de empregos, reduzindo sua importância ou mesmo acabando com muitos deles. A IA pode substituir profissionais hoje desejados e bem remunerados, como engenheiros de software, programadores, analistas de dados e desenvolvedores.
Ao mesmo tempo, aparece a necessidade de gente para lidar com as possibilidades e facilidades trazidas pela nova tecnologia. “Vamos precisar de profissionais capacitados para educar as ferramentas de inteligência artificial”, diz Ricardo Bonora, fundador do BizHub, consultoria de inovação e tecnologia.
Designers e redatores estão na mira da IA, mas podem se reiventar nesse momento. “São profissionais que podem se especializar e usar a ferramenta ao seu favor para ganhar escala e produtividade”, diz Bonora. Um funcionário em início de carreira e que domina a ferramenta, é capaz de desempenhar funções mais avançadas que sua posição, em tese, permitiria.
A nova economia exigirá profissionais acostumados a lidar com grandes conjuntos de dados, além de engenheiros de IA, cientistas de dados e profissionais que irão garantir o uso responsável e ético da IA, que vão garantir que a aprendizagem da máquina não saia do controle.
A discussão sobre regulação, segurança e governança vai ter que acompanhar o desenvolvimento, por isso um profissional de ética em IA pode ser o responsável por fazer essa análise e garantir que as máquinas não se sobreponham às questões humanitárias. Advogados vão passar a se especializar em questões jurídicas relacionadas à IA. “Em algum momento, as empresas irão precisar de governança ligada à IA para pensar esses limites”, diz a economista Dora Kaufman, professora da PUC-SP e pesquisadora dos impactos éticos da Inteligência Artificial.
Fonte: Forbes