No mundo tecnológico, há diversos tipos de tokens de pagamento: as criptomoedas; tokens de utilidade, que geram algum tipo de benefício para os detentores e os tokens não fungíveis (NFT), que possibilitam o controle de propriedade intelectual, entre outros.
Os maiores tokens em valor de mercado são as moedas digitais que representam eletronicamente um ativo físico ou digital na blockchain com funções bem amplas. “Eles apresentam possibilidades de negócios infinitas”, afirma Cauê Dias Silva, gerente de inovação da NTT DATA Brasil.
A seguir, conheça os cinco maiores tokens em valor de mercado.
1. Bitcoin — US$ 385 bilhões
O bitcoin (BTC) foi criado em 2008 para ser uma moeda global não governamental e autossustentável. Seu grande objetivo é proporcionar um sistema financeiro e tecnológico mais eficiente, transparente e menos burocrático, distribuindo o poder concentrado nos bancos e nos governos para todos os usuários.
“A blockchain do bitcoin, chamada de ‘omnichain’ é a origem de tudo”, diz Vinicius Marinho, diretor-executivo (CEO) da Beplix.
É a rede mais importante de todas, por ser a única verdadeiramente descentralizada com um protocolo deflacionário seguro e imutável. Não à toa, é o líder entre os maiores tokens em valor de mercado.
2. Ethereum — US$ 139 bilhões
Bitcoin e Ethereum são blockchains que se assemelham por abrigarem criptomoedas. “No entanto, a rede Ethereum permite a criação de smart contracts, o que a torna útil em cenários externos aos de transações de moeda”, ressalta Silva.
A blockchain e outras redes baseadas em sua arquitetura são os principais recursos públicos e privados para logística, arte eletrônica, jogos, contratos de confirmação de contrapartes e como base de criação para outras moedas digitais.
Diferente da blockchain do bitcoin, que apresenta um protocolo de mineração que limita a emissão de tokens para ser deflacionário, a produção de ethereum não tem um limite e seu protocolo faz que mais ativos sejam criados a cada bloco minerado.
3. Tether — US$ 66 bilhões
O tether (USDT) é a stablecoin mais antiga de todas. “Ela é considerada o dólar digital e tem a vantagem de ser transacionada em diversas redes diferentes”, analisa Marinho.
O token é utilizado para adquirir as demais criptomoedas, uma vez que muitas não podem ser compradas com moeda fiduciária.
Quando criado, o USDT não permitia a variação de preços, sendo fixada sempre a 1 dólar-1,18%.
Hoje, porém, baseado em algumas regras, tem flutuação liberada, com uma lógica semelhante às ofertas públicas iniciais (IPOs) em bolsas de valores, com precificação inicial lastreada e posterior valorização determinada pela oferta e pela procura.
4. USD Coin — US$ 56 bilhões
O USD Coin (USDC) é uma stablecoin emitida pela exchange Coinbase, considerada “auditável” por estar sujeita às regulações dos Estados Unidos. “O ativo é conhecido por ser o projeto mais confiável por governos mundo afora, servindo como modelo para a criação das criptomoedas governamentais”, diz o gerente da NTT Data.
Seu sistema é bastante centralizado, com o lastro garantido por ativos do mercado financeiro tradicional, como o próprio dólar ou títulos de tesouro americano. A moeda digital é sempre vendida pela Coinbase por 1,0003 e comprada por 0,9997.
5. BNB — US$ 37 bilhões
O BNB é um utility token desenvolvido pela Binance, maior exchange do mundo. “A tendência é esse ativo valorizar ou desvalorizar acompanhando o valor de mercado da corretora”, afirma Vinicius Marinho.
Sua popularidade é tão grande que começou a ser aceita e negociada por outras exchanges. O uso principal do BNB migrou para jogos no modelo play-to-earn, em que é utilizado como moeda intermediária. O ativo se consolidou como um dos maiores tokens em valor de mercado pela integração com várias plataformas que permitem reservar passagens aéreas e hotéis, negociar ações, comprar terrenos no metaverso e até solicitar empréstimos.