O Brasil tem mais de 2 mil drones agrícolas cadastrados no Sistema de Aeronaves Não Tripuladas (Sisant), mantido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), número que deve saltar para 93 mil veículos aéreos não tripulados (Vant) até 2026, de acordo com uma projeção do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
O uso de aeronaves remotamente pilotadas (ARP) para mapeamento de lavouras existe há uma década no agronegócio brasileiro, contudo a expansão para outros fins, como a pulverização de defensivos, é mais recente. Confira, a seguir, cinco funções dos drones da agricultura.
1. Monitoramento de lavouras
A telemetria foi um dos primeiros usos do drone para conhecer as características principais de uma fazenda. Com o tempo, as imagens aéreas passaram a servir para monitorar a irrigação e o desenvolvimento da lavoura, além de contar rebanhos e plantas de forma prática, simples e rápida.
Os Vants ainda ajudam na segurança da propriedade rural com mais eficiência que cães e vigias, permitindo identificar animais invasores ou humanos criminosos a distância, bem como cercas derrubadas e focos de incêndio.
2. Aplicação de insumos
A partir do mapeamento aéreo, os drones melhoram a eficiência da aplicação de insumos para fertilizar o solo e controlar pragas e doenças nas lavouras, já que as ARPs permitem a pulverização com precisão e economia. Entre as vantagens, os pulverizadores agrícolas aéreos conseguem superar os obstáculos de terrenos acidentados, além de diminuir o amassamento e a exposição dos aplicadores com um custo bem menor do que o das aeronaves maiores.
3. Guia de boiada
Além de contar os animais, os drones podem tocar a boiada sozinhos ou auxiliar o peão, ampliando a capacidade de manejo do gado, sobretudo em propriedades maiores e de relevo acidentado, como montanhas e áreas alagadiças.
Essa função tem sido pouco utilizada e requer muita habilidade, além de ponderação quanto à duração e ao número de bois envolvidos porque o zumbido do Vant pode estressar os animais e causar queda de produtividade.
4. Previsão
As imagens aéreas produzidas por drones, aliadas aos dados de sensores espalhados pela fazenda, podem ajudar o agricultor a tomar decisões com antecedência e aproveitar as oportunidades do mercado.
A ARP pode calcular a produtividade da lavoura, reduzir os custos com financiamento e estimar a quantidade de fertilizantes necessários para a próxima safra. Com essas informações, o produtor pode tomar decisões mais assertivas de compra e venda.
5. Promoção da sustentabilidade
O uso de drones agrícolas permite que a propriedade seja mais sustentável, produzindo mais com menos recursos. Além da eficiência econômica, o Vant possibilita menor pulverização de insumos, reduzindo os riscos de contaminação do solo, da água, dos animais e dos vegetais.
O equipamento contribui também com a sustentabilidade quando utilizado para o monitoramento do desmatamento, a localização de áreas degradadas e a identificação de focos de incêndio, mitigando os danos ambientais.
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Fonte: Fundação Roge, Field View, Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag)
Por: Canal Agro