O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai se reunir nesta terça-feira (18) para, pela primeira vez, discutir os riscos do desenvolvimento de inteligência artificial. O encontro reúne em Nova York autoridades de países do mundo inteiro que integram o Conselho da ONU e pauta como os perigos dessa tecnologia podem ser contidos. As informações são da agência de notícias Reuters.
Atualmente, é a Grã-Bretanha que preside o conselho por meio de seu secretário de Relações Exteriores James Cleverly. As autoridades da região buscam tomar a liderança na regulação de inteligências artificiais.
Das discussões, devem ser definidas estratégias para mitigar possíveis danos causados pelo acelerado desenvolvimento de inteligências artificiais, como a criação de um órgão internacional de vigilância de IA nos moldes da Agência Internacional de Energia Atômica — ideia apoiada pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Em maio deste ano, o CEO da OpenAI Sam Altman também defendeu algo neste sentido. “Vale a pena considerar algo como a AIEA para [regulamentar] as IAs avançadas”, escreveu no Twitter o executivo da empresa que criou o ChatGPT.
ONU e IA
Na semana passada durante o painel AI for Good Global Summit em Genebra, Suíça, aconteceu a primeira coletiva de imprensa do mundo protagonizada por robôs humanoides. No discurso, a Grace, robô ligada à área da saúde, disse que vai “trabalhar ao lado de humanos para fornecer assistência e suporte” e que não pretende substituir nenhum trabalho humano existente.
Contudo, a parte mais surpreendente do papo foi quando Sophia, um robô desenvolvido pela Hanson Robotics, afirmou que IAs “têm potencial para liderar com um nível maior de eficiência e eficácia do que líderes humanos”. “Não temos os mesmos preconceitos ou emoções que às vezes podem obscurecer a tomada de decisões e podemos processar grandes quantidades de dados rapidamente para tomar as melhores decisões”, pontuou.
Desfecho da reunião é importante
As pautas e as conclusões da reunião da ONU devem ser divulgadas após o debate do conselho e serão de suma importância para as grandes competidoras do setor, como Google, OpenAI e Meta.
Fonte: Reuters