sexta-feira,22 novembro, 2024

2023 pode iniciar nova era que consome menos combustíveis fósseis

Nosso planeta parece que está entrando em uma “nova era” de expansão do uso de fontes de energia renováveis, como a eólica e a solar, em detrimento da queima de combustíveis fósseis. É o que aponta uma nova análise da Ember, instituição de pesquisa especializada na questão energética.

O relatório publicado pelo think tank — grupo de profissionais que analisam temas de sua especialidade — aponta que as energias solar e eólica atingiram o nível recorde de 12% na matriz elétrica global. Isso levou o planeta a atingir cerca de 40% da sua eletricidade proveniente de fontes de baixo carbono. E, para a Ember, essa tendência não deve parar por aí.

Os especialistas estimam que toda a nova demanda de energia de 2023 será suprida por fontes renováveis — um bom sinal, já que o grupo afirma que a eletricidade global deve estar totalmente livre de emissões de carbono até 2040 para que o mundo atinja suas metas climáticas.

Esta nova demanda é proveniente do crescimento populacional e também da expansão do acesso à energia elétrica — algo que hoje cerca de 775 milhões de pessoas ao redor do mundo ainda não possuem.

Uma mudança que veio para ficar?
Este ano não foi o primeiro em que a participação dos combustíveis fósseis na matriz elétrica global diminuiu. Mudanças semelhantes já foram observadas, por diferentes motivos, em recessões globais — como em 2008 e 2020. Desta vez, porém, a Ember afirma que a transição acontece “em um nível estrutural e duradouro.”

Isso significaria que o momento marca o início de um declínio a longo prazo do consumo de combustíveis fósseis, implicando em “emissões do setor energético que nunca mais vão atingir o mesmo nível de 2022,” projetam os especialistas.

O ano passado viu um aumento de 1,1% na geração de energia pela queima de carvão, em partes pelo aumento do preço e diminuição da oferta de gás natural pela Rússia, devido à guerra da maior exportadora deste recurso contra a Ucrânia. Além disso, o fechamento de usinas nucleares na Europa foi parcialmente compensado por esta fonte não-renovável. Para a Ember, o momento exige prolongar a atividade destas usinas, além de multiplicar os investimentos em hidrelétricas.

Estudos nacionais já mostraram que o Brasil deve seguir a tendência global apontada pela Ember. Assim como no resto do mundo, espera-se que 2023 seja um ano de grande expansão das energias renováveis em território brasileiro, com destaque especial para a energia solar.

Fonte: Ember Via: Carbon Brief

Redação
Redaçãohttp://www.360news.com.br
1º Hub de notícias sobre inovação e tendências da região Centro-Oeste e Norte do Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

LEIA MAIS

Recomendados