A prática da Inovação Aberta – como é chamada a colaboração entre startups e grandes empresas – já está completando 15 anos no Brasil. E, de lá para cá, podemos observar um crescimento exponencial deste tipo de parceria em todo o país.
A prática da Inovação Aberta – como é chamada a colaboração entre startups e grandes empresas – já está completando 15 anos no Brasil. E, de lá para cá, podemos observar um crescimento exponencial deste tipo de parceria em todo o país.
No entanto, este ano foi especial. Tivemos uma movimentação orgânica no mercado brasileiro que trouxe a prática da Inovação Aberta à tona: a redução dos investimentos de Venture Capital (VC) no país. Esse gap não levou o empreendedorismo inovador à ruína, como era o receio de muitas pessoas. Na verdade, ele gerou oportunidade para o crescimento de Corporate Venture Capitals (CVCs) e Private Equitys. A inovação é um caminho sem volta.
Startups trabalham com agilidade e criatividade. Esses são os principais pilares e diferenciais deste modelo de negócio. Ao mesmo tempo, é o que falta no modelo de empresas tradicionais. Estas, por carregarem o peso de uma instituição formal com quadros de milhares de funcionários, acionistas e uma despesa mensal significativa decorrente de suas operações, não podem arcar com os riscos diários com os quais as startups lidam. Ou seja, o “errar rápido, aprender rápido”, não existe em empresas tradicionais. E isso é essencial para inovar.
Quantas vezes você já não sentiu que perdeu sua capacidade criativa por conta do volume de trabalho cotidiano que te é demandado? Muitas vezes, nos perdemos nas nossas tarefas do dia a dia e nossa habilidade de pensar fora da caixa fica reduzida. Por isso, contar com a perspectiva de pessoas cuja missão é inovar, é tão importante para líderes de grandes empresas. Equipes engajadas e dinâmicas têm o potencial de resolver problemas de forma inovadora, reduzindo retrabalho, aumentando a produtividade e melhorando a experiência do cliente final.
Mas como surgiu a inovação aberta?
O termo Open Innovation foi cunhado nos Estados Unidos em 2003 por Henry Chesbrough, então professor e diretor executivo no Centro de Inovação Aberta da Universidade de Berkeley. Em seu livro Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology (Inovação Aberta: Como criar e lucrar com tecnologia), o autor explica a relação entre grandes empresas e startups como um movimento orgânico que começava a observar no país.
No Brasil, o termo ficou conhecido a partir da criação do Centro de Open Innovation Brasil pela 100 Open Startups, em 2003. Naquele momento, as empresas tradicionais que se identificavam com o conceito eram poucas. Hoje, o modelo está presente em 88% das companhias no país, segundo o Panorama da Inovação Aberta nas Empresas do Brasil, realizado pela Softex em 2022.
Como agente do ecossistema de inovação no Brasil, já tive bastante oportunidade de trabalhar com Inovação Aberta e posso afirmar que ela é o melhor caminho para empresas tradicionais se reposicionarem e entrarem no rumo da inovação. E, consequentemente, atender as demandas de um público que clama cada vez mais por um atendimento personalizado e ágil.
Portanto, se você é fundador de uma startup, seu momento é agora. Encontre oportunidades de resolver problemas de empresas tradicionais com a sua solução e procure as melhores conexões para te levar às pessoas certas. O mercado precisa de você.
Texto: Startupi