Um novo empreendimento norte-americano chamado Star Harbor Academy anunciou, no dia 10 de maio, a construção da primeira academia espacial do mundo para treinar tecnologias e astronautas comerciais: o Star Harbor. O centro será construído ao sul de Denver, no Colorado, com previsão de ser inaugurado em 2026.
Embora ainda existam muito desafios técnicos a serem superados para estabelecer uma economia espacial aquecida, nos últimos anos a indústria espacial privada alcançou um passo importante, com várias empresas comerciais lançando seus primeiros voos com astronautas privados ao espaço.
Em meados do ano passado, empresas como a Blue Origin e Virgin Galactic iniciaram a “era” dos voos comerciais, realizando missões tripuladas à “fronteira do espaço” em voos suborbitais. Em setembro de 2021 a SpaceX realizou a primeira missão orbital civil, a Inspiration4, e neste ano conduziu a primeira missão tripulada privada à Estação Espacial Internacional, a Ax-1.
A missão foi contratada pela empresa Axiom Space, que pretende aumentar o número de voos comerciais. Além disso, ela planeja a construção de uma estação espacial comercial até o fim desta década. Outras empresas, como a Northrop Grumman, Blue Origin e Nanoracks, seguem este caminho.
Acompanhando o crescimento espacial
A Star Harbor Academy, formada por astronautas, engenheiros e empreendedores, acredita que o novo centro de treinamento privado atenderá a demanda de mais pessoas necessitando de treinamento para lidar com o espaço. Sobretudo porque atualmente apenas as agências espaciais têm instalações para este propósito.
A CEO da iniciativa, Maraia Tanner, disse que: “há um renascimento sem precedentes ocorrendo na indústria espacial hoje”. Todo o desenvolvimento do Star Harbor é estimado em US$ 120 milhões, e ele será construído em uma área de pouco mais de 21 mil metros quadrados em Lone Tree, ao sul da cidade de Denver.
O centro será dedicado a uma série de atividades: voos de microgravidade, instalação de flutuabilidade, centrífuga de alta gravidade, habitats terrestres e subaquáticos e mais, além de uma unidade de desempenho humano. No entanto, o Star Harbor não se limitará apenas às atividades técnicas.
Ele também será dedicado a empresas que queiram realizar testes de tecnologias nessas condições espaciais simuladas. Hoje, existem apenas seis centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) espaciais, mas todos são estatais, portanto não estão abertos à iniciativa privada.
O centro oferecerá cursos para operadores, usuários, especialistas de missão e passageiros, caso as empresas privadas que já têm instalações de treinamento queiram ou precisem terceirizar esses serviços.
Fonte: Via Singularity Hub