A estrutura, executada com concreto, também possui um telhado de palha, material maleável ideal para áreas de risco

Muitos escritórios de arquitetura já adotaram a impressão 3D como técnica principal de construção. A tecnologia abre caminhos para obras mais limpas, precisas e funcionais.

Uma empresa de cimento da Guatemala se uniu à COBOD para construir o primeiro edifício impresso em 3D do país. O prédio foi desenvolvido para resistir à atividade sísmica local, permitindo-lhe ser resistente a terremotos.

A casa foi feita mesclando tecnologias modernas de impressão 3D com técnicas artesanais tradicionais da região, como o telhado de palha. A impressora usada foi a BOD2 da COBOD, que aplicou uma mistura semelhante a cimento em múltiplas camadas para produzir as paredes segundo o projeto.

A casa possui janelas de vidro com aberturas na parte superior — Foto: Progresso / COBOD / Divulgação

Todo o processo de impressão e construção demorou cerca de 26 horas distribuídas em sete dias. Nesse tempo, foi concebida toda a estrutura de concreto e, em seguida, a adição de fiação, encanamento, janelas e o telhado de palha de palmeira. Também foram acrescentadas ripas de madeira na parte superior das paredes, para promover a ventilação natural.

“O projeto tomou medidas com sucesso para validar a viabilidade estrutural da impressão 3D de construção em uma região propensa a terremotos”, afirmou o comunicado de imprensa.

Segundo as empresas, a tecnologia permitiu criar paredes de formato orgânico, que seriam extremamente caras e até inviáveis ​​de serem completadas com blocos de concreto. Já o telhado natural é barato, proporciona conforto térmico e é adequado para regiões sísmicas, por ser um material flexível e leve.

A estrutura ocupa 49 m² e é uma casa compacta, que pode resistir a atividades sísmicas extremas enquanto funciona como uma residência totalmente funcional e equipada.

A Guatemala é um país que é frequentemente atingido por abalos sísmicos — Foto: Progresso / COBOD / Divulgação
A Guatemala é um país que é frequentemente atingido por abalos sísmicos — Foto: Progresso / COBOD / Divulgação

Texto: Redação Casa e Jardim